sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Trailer de "Eu sou a lenda" (I am legend)

Will Smith e Alice Braga estrelam "Eu Sou a Lenda"



Aos 24 anos, Alice Braga tornou-se a atriz brasileira com mais expressiva carreira no cinema internacional. Um ano depois do lançamento da co-produção brasileiro-mexicana "Só Deus Sabe", ao lado de Diego Luna, ela conseguiu o único papel feminino da ficção científica "Eu Sou a Lenda". O filme, que estréia em circuito nacional nesta sexta (18), é estrelado por Will Smith ("À Procura da Felicidade").Na seqüência de "Eu Sou a Lenda", um dos maiores sucessos de bilheteria do ano passado nos EUA, Alice Braga já engatou quatro outros trabalhos internacionais: "Blindness", adaptação do livro "Ensaio sobre a Cegueira", de José Saramago, dirigida pelo brasileiro Fernando Meirelles; "Crossing Over", de Wayne Kramer, estrelado por Harrison Ford e Sean Penn; "Redbelt", de David Mamet, em que contracenará com o brasileiro Rodrigo Santoro, e ainda está filmando no Canadá "Repossessing Mambo", de Miguel Sapochnik, ao lado do ator inglês Jude Law.Por conta dessa filmagem, a atriz, que é sobrinha de Sonia Braga, nem pôde vir ao Brasil participar das entrevistas de lançamento de "Eu Sou a Lenda", no Rio de Janeiro, no último final de semana. Vieram apenas o diretor do filme, Francis Lawrence (de "Constantine"), o roteirista Akiva Goldman e o astro Will Smith.Nesta ficção futurista, Smith, que se prepara para completar 40 anos em setembro, assume mais uma vez o papel de herói. O ano é 2012. Nova York tornou-se uma cidade deserta, onde as suas largas avenidas transformaram-se em matagais, seus imensos edifícios, em estruturas abandonadas.Nas ruas atulhadas de detritos, um único carro, um possante Shelby Mustang GT-500, passa a toda velocidade. Dentro dele, Robert Neville (Smith), e sua cadela, a pastora alemã Sam.Médico virologista, Neville é o único habitante humano sadio de Manhattan. Todos os demais ou morreram ou foram transformados em pavorosos zumbis canibais, que saem à noite à caça de carne.Apesar de não serem exatamente vampiros, eles também têm pouca resistência à luz. Neville, portanto, só circula durante o dia à procura de algum outro ser humano que possa ter sobrado da maciça contaminação que varreu o país, quem sabe o mundo. O culpado: um vírus que surgiu de um tratamento pioneiro que, anos atrás, erradicou o câncer, mas gerou este terrível efeito colateral.Quando a tarde cai, Neville e Sam recolhem-se à sua casa na Washington Square, fechando portas e janelas previamente fortalecidas com barras metálicas. Tudo para resistir aos ataques das hordas canibais.No subsolo, o virologista realiza experiências com animais - e, quando consegue, com algum zumbi -, procurando chegar a uma vacina, a uma fórmula que reverta os efeitos da epidemia. Por uma incrível coincidência, ele é, misteriosamente, o único ser humano imune, ainda que seja mordido pelos canibais.Fora os sucessivos fracassos com seus experimentos científicos, a solidão está enlouquecendo Neville, que perdeu a mulher e a filha em circunstâncias que o filme revela aos poucos. Em "flashbacks", traça-se o histórico do surgimento da doença, a quarentena da cidade e o mergulho no caos.Numa noite em que ele, numa atitude suicida, expôs-se a um ataque massivo dos zumbis, é salvo por uma misteriosa mulher, Anna (Alice Braga). Ela veio de Maryland, trazendo um menino (Charlie Tahan), depois de ter sintonizado o emissor de sinais de rádio deixado por Neville numa ponte.Anna teve notícias de que há outros sobreviventes em Vermont, mas agora o médico está cético demais para acreditar. Enquanto isso, a vacina aplicada numa zumbi começa a fazer efeito. Ela está, aos poucos, recuperando o aspecto humano normal."Eu Sou a Lenda" é a terceira adaptação cinematográfica do livro homônimo de Richard Matheson, lançado em 1954. A primeira foi em 1964, em "Mortos que Matam", de Sidney Salkov, tendo como protagonista Vincent Price. A segunda, em 1971, "A Última Esperança da Terra", de Boris Sagal, estrelada por Charlton Heston.

Grupo diz ter feito primeiro genoma artificial

por EDUARDO GERAQUE

Nesta toada, a criação de um organismo artificial poderá chegar antes de que se tenha um marco legal definido para tratar do assunto.Hoje, na revista "Science", a equipe do empresário-pesquisador Craig Venter, seis meses depois do primeiro passo, mostra que é possível sintetizar um genoma em laboratório. Mas ainda falta fazê-lo funcionar dentro de um organismo, o que não será nada fácil.A busca por esse terceiro passo corre em paralelo com a preocupação de muitos cientistas. Para esse outro grupo, misturar nanotecnologia e biologia pode trazer vários riscos, que estão sendo negligenciados."Trata-se de um grande avanço tecnológico, uma vez que os DNAs sintéticos obtidos até então eram de no máximo 32 mil pares de bases", disse à Folha o biólogo Arnaldo Zaha, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).O genoma artificial da bactéria Mycoplasma genitalium, microrganismo sexualmente transmissível que infecta homens e mulheres, tem 582.970 pares de bases (número de duplas dos "tijolos" essenciais do DNA, a adenina, a timina, a citosina e a guanina, conhecidas pelas siglas A, T, C e G).No ano passado, em junho, o Instituto J. Craig Venter, em Maryland (EUA), havia conseguido transplantar um genoma. Eles usaram duas espécies diferentes do mesmo gênero Mycoplasma no experimento."Possivelmente eles vão usar esse transplante para testar o genoma sintético", afirma Zaha, que coordenou um projeto genoma de bactéria no Brasil.