quinta-feira, 5 de março de 2009

Morte de Policial Federal na Bahia

Cinco homens foram mortos em confrontos a tiros com policiais na comunidade Nova Divinéia, IAPI, pouco mais de uma hora depois de o Policial Federal Leonardo Maia Fonseca, 30 anos, ter sido assassinado por integrantes de uma quadrilha de traficantes de drogas, na tarde de quarta-feira, dia 04/03/2009. A morte do Agente de Polícia Federal levou um aparato de 120 policiais civis, militares e federais a efetuar incursões pela região em busca dos homicidas.

Segundo o Delegado Nilton Borba, que representou o Departamento de Crimes contra o Patrimônio (DDCP), da Polícia Civil, na procura de suspeitos, Fonseca foi ao local, acompanhado de dois outros Agentes Federais, para entregar uma intimação “referente a crime eleitoral”, por volta de 16 horas. Ao subir uma viela, três bandidos teriam avistado o policial com uma arma na cintura, atirando contra ele.

Fonseca foi atingido duas vezes no tórax, mas conseguiu alvejar um dos atiradores, conforme informação do delegado Borba. Identificado apenas como Poliana, o baleado foi levado ao Hospital Geral do Estado por uma guarnição da PM, mas chegou morto à unidade. Socorrido pelos colegas, que também abriram fogo contra os criminosos, Fonseca deu entrada já sem vida no Hospital Ernesto Simões, no Pau Miúdo.

Com a notícia do óbito, o cerco policial foi montado em toda Nova Divinéia. Travessas que ligam o fim de linha do IAPI à Avenida San Martin, como a 3 de Junho e Bom Jesus da Lapa, foram tomadas por militares de diversas companhias e do Batalhão de Choque, Policiais Civis de delegacias especializadas e de outros bairros e uma equipe com pelo menos 20 Policiais Federais. Um helicóptero da PM também foi empregado na ação.

Com armamento pesado, os policiais fecharam becos e invadiram casas, realizando uma verdadeira varredura na área. Visivelmente assustados, moradores buscaram se recolher em suas residências, limitando-se a acompanhar o fluxo de policiais de armas em punho por trás das grades das janelas. Em pouco mais de uma hora de incursões, os policiais já haviam baleado mais quatro suspeitos.

Segundo o delegado Borba, um deles foi identificado como Tadeu Silva Nunes, que seria o líder do tráfico de drogas na Nova Divinéia. “Tadeu foi um dos que atiraram no Federal. O irmão dele, Adriano Silva Nunes, está sendo conduzido para prestar esclarecimentos e já confirmou que o irmão atirou na vítima”, atestou o delegado. Outros dois mortos foram identificados apenas como Joilson e Neto.

O quinto morto nos alegados tiroteios foi identificado, de forma extraoficial, como Welington Santos Nunes. Por volta de 19 horas, uma mulher chegou ao Hospital Ernesto Simões gritando e dizendo ser mãe de Welington – que, segundo ela, “estava em casa e foi morto sem ter nada a ver”. A mulher não se identificou e chegou a ameaçar profissionais de imprensa de agressão.

Fonte: A Tarde