quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Policial Federal morre em troca de tiros com Polícia Civil | Pernambuco/PE

Policiais civis e federais trocaram tiros na manhã desta quarta-feira (05/01/2011), nas imediações da Fábrica da Coral, na BR-232, no bairro do Curado. As duas corporações estavam em operações distintas para prender o mesmo traficante. Nenhuma das esquipes, porém, sabia da investigação da outra. Durante a abordagem, os agentes civis e federais não se reconheceram e trocaram tiros, de acordo com informações repassadas pela delegado titular do Denarc, Luiz Andrey, através da assessoria de imprensa da Polícia Civil.

No incidente, dois policiais federais foram baleados. O Policial Federal Jorge Washigton Cavalcanti de Albuquerque, 58 anos, não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo ao dar entrada no Hospital Getúlio Vargas (HGV). O outro, Sílvio Romero Moury Fernandes dos Santos está internado no Hospital da Restauração (HR).

Os dois policiais federais baleados estavam em um táxi e vinham do Terminal Integrado de Passageiros em companhia de um traficante já preso. Eles pretendiam prender o outro traficante que aguardava o taxista na BR-232.

Nessa abordagem, os policiais pretendiam prender um receptador de drogas. Mais cedo, policiais federais já tinha prendido uma mulher com 17 quilos de pasta base de cocaína. A droga seria entregue pela mulher, que já está presa, a esse alvo das duas polícias.

A perícia do Instituto de Criminalística está no local. Eles estão examinando o automóvel Astra preto de placa KJE-1350 onde estavam os policiais federais. Por conta do incidente, o trânsito no local ficou lento.

O Sindicato dos Policias Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) divulgou nota, na tarde desta quarta-feira (05/01/2011), sobre o incidente:

“A direção do Sinpol/PE lamenta a consequente morte do policial federal na operação realizada na manhã desta quarta-feira (5), mas considera o incidente um acidente de trabalho, a qual todo policial está sujeito à ser vítima.

O sindicato está, neste momento, dando apoio aos policiais civis envolvidos, acompanhando os depoimentos, e entende que esta é uma situação que, infelizmente, pode ocorrer novamente porque as delegacias trabalham com núcleos de inteligência independentes. Não existe interligação entre as Polícias porque este tipo de operação tem caráter sigiloso.

Os policiais civis e os federais estavam monitorando o mesmo traficante e se preparavam para flagrar a entrega da droga, mas ambos desconheciam a atuação da outra instituição”

Fonte: Diário de Pernambuco